"A ditadura na tela: o cinema documentário e as memórias do regime militar brasileiro" é o resultado de sete edições da mostra de mesmo nome, realizada a partir de uma parceria entre o Núcleo de História Oral da UFMG e o Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte entre 2014 e 2018. Na coletânea, 12 autoras e autores fazem reflexões sobre as formas específicas que os documentários ganham ao apresentar na tela lembranças sobre como foi viver a ditadura. Temas tão diversos como censura, teatro, futebol, movimento estudantil, sindicalismo, sexualidade, tortura, feminismo, repressão e música são abordados ao longo da publicação, chamando a atenção para o caráter polifônico da produção documentária sobre o período. A expectativa é a de que a publicação interesse a quem, independente da agenda particular de pesquisas, busque pensar as relações entre cinema documentário e História, os usos do passado no presente, a história social das memórias e a historiografia da ditadura militar brasileira.
Author(s): Carolina Dellamore, Gabriel Amato e Natália Batista (org.)
Series: 1
Edition: 1
Publisher: FAFICH
Year: 2018
Language: Portuguese
Pages: 260
City: Belo Horizonte
Tags: História do Brasil; ditadura militar; cinema.
INTRODUÇÃO – A ditadura na tela: questões conceituais, por Carolina Dellamore, Gabriel Amato e Natália Batista
CAPÍTULO 01 – Repare Bem (2012) e as estratégias de construção da memória em diálogo com o Estado brasileiro: o caso da Comissão de Anistia, por Juliana Ventura Fernandes.
CAPÍTULO 02 – “A UNE somos nós”: a construção de uma memória social nostálgica da resistência à ditadura no documentário Memória do movimento estudantil (2007), de Silvio Tendler, por Gabriel Amato.
CAPÍTULO 03 – Censura, homossexualidades e resistência na narrativa cinematográfica de Cassandra Rios: a safo de perdizes (2013), por Ana Marília Carneiro.
CAPÍTULO 04 – “Está tudo parado”: imagens do movimento grevista no documentário Greve! (1979), de João Batista de Andrade, por Carolina Dellamore.
CAPÍTULO 05 – “Esquecidos, celebrados, geniais”: reconfigurações do campo historiográfico a partir do documentário Dzi Croquettes (2009), de Tatiana Issa e Raphael Alvarez, por Natália Batista.
CAPÍTULO 06 – Passados cinzentos, memórias tingidas: o mosaico histórico de Tropicália (2012), por Davi Aroeira Kacowicz.
CAPÍTULO 07 – “Uma resposta de vida” à ditadura militar brasileira: memórias femininas no filme Que bom te ver viva (1989), por Débora Raiza Carolina Rocha Silva.
CAPÍTULO 08 – Memórias do chumbo: o futebol nos tempos do Condor (2012) – documento histórico ou panfleto político?, por Marcus Vinícius Costa Lage.
CAPÍTULO 09 – As batalhas pela memória da ditadura em Simonal – ninguém sabe o duro que dei (2009): discursos emergentes, leituras subterrâneas, por Bruno Vinícius de Morais.
CAPÍTULO 10 – O ato de lembrar a militância sob a ótica feminina: o caso do documentário Subversivas (2013), por Isabel Cristina Leite.
Parte II: O fazer e o guardar no campo do cinema-documentário sobre ditadura
CAPÍTULO 11 – Testemunho filmado e montagem direta dos documentos, por Anita Leandro.
CAPÍTULO 12 – BH em movimento: memórias da ditadura militar na capital de Minas Gerais presentes no acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS), por Marcella Furtado.