O presente livro, resultado de pesquisa no campo da História da Educação no Brasil, objetiva não apenas um levantamento fatual dos principais aspectos da educação brasileira, em um período de maiores definições (o após 1930), mas também, e principalmente, procura mostrar que a evolução do ensino brasileiro – tanto em relação à sua expansão quanto em relação ao seu modelo formal – respondeu sempre a injunções de ordem econômica, social e política. O modelo de análise, utilizado em princípio, com a cautela de quem teme reduzir a História a fórmulas rígidas e mecânicas de interpretação, buscou apoiar-se, sobretudo quanto à política educacional dos últimos anos, na teoria da dependência. E aqui o objetivo específico foi o de aumentar a faixa de compreensão do sentido que toma a atual modernização do sistema de ensino no Brasil.
Author(s): Otaíza de Oliveira Romanelli
Edition: 40ª
Publisher: Vozes
Year: 2022
Language: Portuguese
Pages: 790
City: Petrópolis/RJ
Tags: 1. Educação – Brasil – Século XX - História
SUMÁRIO
Prefácio
Introdução
CAPÍTULO 1 A ABORDAGEM TEÓRICA
1.1. Considerações em torno do conceito de cultura
1.2. Cultura, educação e desenvolvimento
1.3. Demanda escolar e desenvolvimento
1.4. Estruturas do poder e organização do ensino
CAPÍTULO 2 FATORES ATUANTES NA EVOLUÇÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO
2.1. Evolução do ensino no Brasil
2.2. Integração e desintegração de fatores
CAPÍTULO 3 A EDUCAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO APÓS 1930
3.1. O significado da Revolução de 1930 para o desenvolvimento brasileiro
3.1.1. Rápido esboço dos fatos ocorridos entre 1930 e 1964
3.1.2. Os vários rompimentos que caracterizaram esse período
3.2. As novas exigências educacionais da industrialização
3.2.1. A influência da Revolução Capitalista na expansão do ensino
3.2.2. Aspectos quantitativos assumidos pela expansão escolar
3.3. O crescimento da demanda social da educação e a expansão do ensino
3.3.1. Os rompimentos na estrutura social e suas repercussões no quadro das aspirações culturais da sociedade brasileira
3.3.2. As demandas potencial e efetiva e a expansão geral do ensino
3.4. As deficiências quantitativas da expansão do ensino
3.4.1. Primeiro aspecto da marginalização educacional: a oferta insuficiente
3.4.2. Segundo aspecto da marginalização: o rendimento interno do sistema escolar
3.4.3. Terceiro aspecto da marginalização: a discriminação social
3.5. Deficiências estruturais da expansão do ensino
3.5.1. Introdução
3.5.2. O caráter das mudanças ocorridas no Brasil e suas repercussões na evolução do sistema educacional
CAPÍTULO 4 - A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO E O CONTEXTO SOCIOPOLÍTICO APÓS 1930
4.1. Introdução
4.2. O movimento renovador
4.3. A Reforma Francisco Campos
4.3.1. Introdução
4.3.2. A reforma do ensino superior
4.3.2.1. O aparecimento das universidades no Brasil
4.3.2.2. O Estatuto das universidades brasileiras
4.3.3. A reforma do ensino secundário
4.3.4. A reforma do ensino comercial
4.3.5 O Conselho Nacional de Educação
4.3.6. Conclusões
4.4. As lutas ideológicas em torno da educação na primeira fase do novo regime
4.4.1. As lutas ideológicas e o “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova”
4.4.2. O conteúdo do “Manifesto”
4.4.2.1. Educação e desenvolvimento
4.4.2.2. Os fundamentos do movimento renovador
4.4.2.3. Reivindicações contidas no “Manifesto”
4.4.2.4. Plano de reconstrução educacional
4.4.3. O significado histórico do “Manifesto”
4.4.4. As vitórias e as derrotas do movimento renovador
4.5. As leis orgânicas do ensino
4.5.1. Introdução
4.5.2. O ensino técnico profissional
4.5.3. O ensino secundário
4.5.4. O ensino primário
4.5.5. O Ensino Normal
4.6. A legislação complementar das reformas do ensino profissional
4.6.1. A criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac)
4.6.2. As reformas e o dualismo do sistema educacional
4.7. A constituição de 1946 e as novas lutas ideológicas em torno das Diretrizes e Bases da Educação Nacional
4.7.1. A Constituição de 1946
4.7.2. O reinício das lutas ideológicas em torno da organização do sistema educacional: as polêmicas suscitadas pelo Projeto das Diretrizes e Bases
4.7.3. A Lei 4.024, de 20 de dezembro de 1961
4.7.4. Expectativas e resultados: situação do ensino alguns anos depois
4.8. A legislação escolar e suas relações com o contexto sociopolítico
CAPÍTULO 5 - A POLÍTICA EDUCACIONAL DOS ÚLTIMOS ANOS
5.1. A educação brasileira após 1964: síntese dos fatos
5.2. A ajuda internacional para a educação brasileira
5.2.1. A ajuda internacional para a educação no atual estágio da expansão capitalista: sua funcionalidade
5.2.2. A crise da educação brasileira no período 1964/1968 e a ajuda da AID
5.2.2.1. Bases sociais e econômicas da crise estudantil
5.2.2.2. Os acordos MEC-Usaid e a definição da política educacional brasileira
5.2.2.3. A ação do governo perante a crise
5.3. A reforma universitária
5.3.1. A definição do modelo
5.3.2. O novo modelo e sua funcionalidade
5.4. A reforma do ensino de 1° e 2° graus
5.4.1. O modelo
5.4.2. Algumas incoerências da reforma do ensino de 1° e 2° graus
CAPÍTULO 6 - À GUISA DE CONCLUSÃO: O SENTIDO DA MODERNIZAÇÃO
Bibliografia