Caravelas

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As caravelas... eram apenas cascas de noz. No entanto, enquanto o resto da Europa se dilacerava entre a Guerra dos Cem Anos e as guerras religiosas, foi a bordo delas que, durante um século e meio, os marinheiros portugueses, tão audaciosos quanto obstinados, navegaram ao longo do litoral africano, dobraram o Cabo da Boa Esperança, atracaram nas costas brasileiras, impuseram-se em Calecute, no grande mercado mundial das especiarias. Poderiam ter parado por ali e regressado a casa com fortuna feita... Mas não! As caravelas prosseguiram o seu caminho em direcção ao Japão, à China e a Macau. Contudo, a grande epopeia das caravelas desapareceu um dia nas chamas das fogueiras da Inquisição. Os portugueses conservam ainda a alegre e orgulhosa saudade de terem sido os descobridores e os mestres dos oceanos, porque apesar de todas as tormentas que a História os fez atravessar, Portugal nunca foi um «país pequeno». Olivier Ikor deu a palavra, mas também carne e alma, aos actores dos Descobrimentos, sejam eles príncipe de sangue ou proscrito; capitão ou grumete; cristão, judeu ou muçulmano; mercador ou cientista. Cada uma destas navegações, que revolucionou o mundo, lê-se como um romance, ou melhor, como mil e um esboços de mil e um romances.

Author(s): Oliver Ikor
Edition:
Publisher: Casa das Letras
Year: 2011

Language: Portuguese
Commentary: Título original: Caravelles
Pages: 856
City: Alfragide – Portugal
Tags: História - História de Portugal

Ficha Técnica
UMA CARAVELA
Uma tripulação estranha
1 A COSTA DOS MOUROS
O elmo e o Livro
O final da Rota da Seda
Os entraves da cruzada
Um pequeno país? Nem por isso...
Ceuta, término e correspondências
Um assunto de família
2 O PENITENTE DO PROMONTÓRIO
Transfigurar, desfigurar
A rosa dos ventos e os seus espinhos
O pintor dos fantasmas (romance)
3 ILHAS COMO TRAMPOLINS
Os três pioneiros da Madeira
Açúcar de cultura em área queimada
Os Açores e o grande mergulho
4 COSTAS DE ESCRAVOS, RIOS DE OURO
O ventre do diabo
Os braços dos escravos
Palavras de marinheiros, escrituras de mercadores
5 GRÃO DE PARAÍSO, INFERNO DA MINA
Breve história de um reinado demasiado longo
Caravelas & Co., sociedade anónima
O Atlântico numa economia mista
As desventuras duvidosas de Eustache
O oceano, mar fechado
6 ESTRELAS NOVAS
O tempo da coruja, o tempo do falcão
Os padrões do Cão do mar
E ela já gira
7 CARAVELAS E CARAVANAS
Últimas novidades do Preste João
Boa Esperança e más tempestades
8 MARES FECHADOS E NOVO MUNDO
Calecute pode aguardar
Tudo sobre Colombo, exceto o enigma
Novo mundo, nova partilha
9 O CRUZEIRO DOS PROSCRITOS
Porquê Vasco, porque não Dias?
Do nosso correspondente a bordo da São Rafael
Longa elipse por uma grande volta
O gigante, as ninfas e os bois (poema)
10 O OUTRO VELHO MUNDO
Os mouros de Meca e os piratas francos
Tantas especiarias para tão poucos cristãos
11 A TERRA DO PAU-BRASIL
Bons selvagens e belas selvagens
As quatro verdades de Américo Vespúcio
Brasil, nova terra prometida
O descobridor da experiência
12 A TERRA REDONDA COMO UMA ESMERALDA
O vento da bala de canhão, o aroma das especiarias
O estilo «caravela»
A volta ao mundo feita por um companheiro
13 OS ÚLTIMOS PASSAGEIROS
O auto de fé para a experiência
O vagabundo das caravelas
O santo e o aventureiro
Terra queimada e mar aberto
Último encalhamento, última canção
ANEXOS − MAPAS
BIBLIOGRAFIA
AGRADECIMENTOS
CRONOLOGIA