Terminado de ser concebido em 1928, O Brasil Nação só seria publicado em 1931. Por isso, antes que fosse ao prelo, além do prefácio, Manoel Bomfim fez questão de escrever também um posfácio, explicando que a revolução que acabara de ocorrer no país, a de 30, não tinha nada a ver com a que propusera em seu livro. Se com a ascensão de Getúlio haviam mudado os homens e militares à frente do poder, na realidade, acentuava Bomfim, não ocorrera uma mudança de peso na oligarquia dominante. Manoel Bomfim morreu no Rio aos 64 anos, em 1932, deixando-nos como legado frases que, infelizmente, ainda ecoam como válidas: “Somos uma nação ineducada, conduzida por um Estado pervertido. Ineducada, a nação se anula; representada por um Estado pervertido, a nação se degrada”. As lições que nos são ministradas em O Brasil Nação, ora relançado em 2 volumes, ainda se fazem eternas. Desejamos que um dia caduquem. E que o novo Brasil sonhado por Bomfim se torne realidade.
Author(s): Manoel Bomfim
Series: Coleção Biblioteca Básica Brasileira; 31
Edition: 1
Publisher: Fundação Darcy Ribeiro
Year: 2013
Language: Portuguese
Pages: 392
City: Rio de Janeiro
Apresentação xi
Prefácio – Cecília Costa Junqueira xiii
Segunda parte – tradições 4
Capítulo VI – Novo ânimo 5
§49 – Ranço de pensamento,untando desalentados... 5
§50 – O poeta 10
§51 – O influxo da poesia nacional 16
§52 – De Gonçalves Dias a Casimiro de Abreu... 23
§53 – Álvares de Azevedo 28
§54 – O lirismo brasileiro 35
§55 – De Casimiro de Abreu a Varela 44
§56 – O último romântico 53
§57 – Romanticamente patriotas 63
§58 – O indianismo 75
Capítulo VII – As revoluções brasileiras 79
§59 – O novo ânimo revolucionário 79
§59 - a – Ruge o clarim tremendo da batalha... 89
§60 – Incruentas e falhas... 100
§61 – A Abolição:a tradição brasileira para com os escravos 106
§62 – Infla o Império sobre a escravidão 114
§63 – O movimento nacional em favor dos escravizados 121
§64 – O passe de 1871 e o abolicionismo imperial 130
§65 – Os escravocratas submergidos 137
Capítulo VIII – A revolução republicana 145
§66 – Abolição e República 145
§67 – A propaganda republicana 150
§68 – A revolução para a República 160
§69 – Mais Dejanira... e nova túnica 166
§70 – A farda na República 172
§71 – O positivismo na República 175
§72 – A reação contra a República 181
§73 – A federação brasileira 189
Capítulo IX – A política brasileira-bragantina 198
§73 - a – Significação da tradição de classe 198
§74 – A descendência de Coimbra 201
§75 – Ordem... 207
§76 – Liberdade... 212
§77 – A grosseria das inspirações 219
§78 – Imigração...Clima... 229
§79 – Raça 236
Capítulo X – O Brasil republicano 249
§80 – Evolução da República na República 249
§81 – A queda... 255
§82 – As formas, na política republicana 263
§83 – O presidencialismo... do presidente 266
§84 – Incapacidade política e mental 272
§85 – A finança dos republicanos “práticos” 279
§86 – ...até no materialismo 285
§87 – Da materialidade à corrupção integral 291
§88 – Sob a ignomínia política, a miséria do povo 299
§89 – O indispensável preparo 305
Por fim... 313
Posfácio 347