Primeira mulher afro-americana a receber o prestigioso prêmio Pulitzer de ficção, Alice Walker também foi pioneira ao tratar de diversos temas da cultura negra dos Estados Unidos. Ainda nos anos 1970, abordou pela primeira vez questões raciais como o colorismo, e passou a defender um ponto de vista mulherista, termo reivindicado pelo feminismo negro para expressar as particularidades de suas lutas.
Filha de trabalhadores rurais, Alice Walker experimentou a violência da segregação racial e as dificuldades de ser uma mulher negra no Sul do país, contexto que incorporou em seu romance A cor púrpura e que está presente em vários ensaios deste livro.
Entre perspectivas pessoais e políticas, a autora nos convida a acompanhá-la na busca da própria identidade e das referências afro-americanas, muitas delas apagadas pela história. Seguindo-a nesse caminho, nos deparamos com Zora Neale Hurston, Martin Luther King, Phillis Wheatley, e chegamos ao jardim de uma casa modesta na Geórgia. Lá, em meio a uma rotina sem descanso, sua mãe encontrou a porção diária de vida cultivando dedicadamente suas flores – e Alice Walker, o sentido desse legado materno.
Author(s): Alice Walker
Edition: 1ª
Publisher: Bazar do Tempo
Year: 2021
Language: Portuguese
Commentary: Título original: In Search of Our Mothers’ Gardens: Womanist Prose
Pages: 745
City: Rio de Janeiro/RJ
Tags: 1. Alice Walker, 1944-. 2. Feminismo ‒ Estados Unidos. 3. Mulheres afro-americanas na literatura. 4. Escritoras negras ‒ Estados Unidos ‒ Biografia.
parte um
Salvando a vida que é a sua: a importância de modelos na vida da artista
O escritor negro e a experiência sulista
“Mas ainda assim o descaroçador de algodão continuou funcionando…”
Formatura de 1972: um discurso
Além do pavão: a reconstrução de Flannery O’Connor
A vida dividida de Jean Toomer
Escritora por causa, não apesar, dos filhos
Dádivas de poder: os escritos de Rebecca Jackson
Zora Neale Hurston: um sinal de alerta e um relato parcial
Em busca de Zora
parte dois
O Movimento pelos Direitos Civis: para que serviu?
Os deveres nada glamourosos, mas valorosos, da artista negra revolucionária, ou sobre a escritora negra que simplesmente trabalha e escreve
Quase um ano
Escolha: Um tributo ao dr. Martin Luther King Jr.
Revisitando Coretta King
A escolha de permanecer no Sul: dez anos depois da Marcha em Washington
Bom dia, Revolução: escritos dispersos de protesto social
Os passos que queremos dar, os filmes que queremos ver
Interlúdios
A pátria de meu país são os pobres
Registrando as estações
parte três
Em busca dos jardins de nossas mães
De uma entrevista
Uma carta à editora da revista Ms.
Quebrando correntes e estimulando a vida
Se o presente se parece com o passado, como será que o futuro se parece?1
Olhando para o lado e para trás
Para a revista Black Scholar
Irmãos e irmãs
parte quatro
Direitos certins
Somente a justiça pode parar uma maldição
A loucura nuclear: o que você pode fazer?
Carta às editoras da revista Ms.
A escrita de A cor púrpura
Beleza: quando a outra dançarina também sou eu
Um filho só seu: um desvio significativo entre os trabalhos
Agradecimentos
Posfácio – Tempo de plantar, tempo de colher, tempo de concluir, por Rosane Borges