Mainstream é resultado de uma vasta pesquisa de campo conduzida por Frédéric Martel em 30 países durante cinco anos. Ele entrevistou mais de 1.200 pessoas em todas as capitais do "entertainment", analisou a ação dos protagonistas, a lógica dos grupos, e acompanhou a circulação de conteúdos em cinco continentes. Ele demonstra que, se os produtos mainstream não são necessariamente artísticos, as estratégias que permitem sua criação e difusão são igualmente fascinantes. "Foi declarada a guerra mundial de conteúdos. É uma batalha nos meios de comunicação pelo controle da informação; nas televisões, pelo domínio dos formatos audiovisuais, séries e talk-shows; na cultura, pela conquista de novos mercados através do cinema, da música e do livro; e finalmente é uma batalha internacional de troca de conteúdos pela internet", afirma o pesquisador. No cerne dessa guerra está a cultura mainstream. Novos países emergem com seus meios de comunicação e seu divertimento de massa. A internet multiplica por dez o seu poderio. Tudo se acelera. Na Índia, no Brasil, na Arábia Saudita, luta-se pelo domínio da web e pela vitória na batalha do "soft power". Todos querem controlar as palavras, as imagens e os sonhos.
Author(s): Frédéric Martel
Edition: 1ª
Publisher: Civilização Brasileira
Year: 2013
Language: Portuguese
Commentary: Título original: Mainstream: enquête sur cette culture qui plaît à tout le monde
Pages: 1015
City: Rio de Janeiro/RJ
Tags: 1. Cultura popular – Aspectos sociais. 2. Sociedade de massa
Sumário
Nota do editor
Prólogo
I. O entertainment americano
1. Jack Valenti ou o lobby de Hollywood
A MPAA investe sobre a América Latina.
2. Multiplexes
Do drive-in ao multiplex – Quando a pipoca se transforma em modelo econômico – Do “suburb” à “exurb” – Quando a Coca-Cola compra o estúdio Columbia.
3. O estúdio: Disney
De Toy Story ao Rei Leão – Miramax e DreamWorks: a queda.
4. A nova Hollywood
“Os estúdios são os bancos” – “Nós não demos sinal verde para o Homem-Aranha” – O marketing, ou o transporte do gado – O monopólio dos sindicatos.
5. Todos “indies”, inclusive Indiana Jones
“O conteúdo somos nós” – Agentes secretos.
6. A invenção da pop music
“A geração mp3 ganhou, mas não é a minha geração” – “Cool é o hip mais o sucesso comercial” – Nashville, a outra capital musical dos Estados Unidos – Music Television.
7. Pauline, Tina e Oprah
Tina Brown ou o novo jornalismo cultural – A marca Oprah – O novo crítico.
8. USC, a universidade do mainstream
Pesquisa e desenvolvimento – A diversidade cultural.
II. A guerra cultural mundial
9. Kung Fu Panda: a China diante de Hollywood
Perto da praça Tian’anmen, no coração da censura chinesa – O roubo dos multiplexes da Warner – Hong Kong, a Hollywood da Ásia – Como Murdoch perdeu milhões na China e encontrou uma mulher.
10. Como Bollywood sai em conquista do mundo
A nova Bollywood.
11. Lost in translation
Cool Japan – Os mangás, mídia global – A guerra entre o J-Pop e o K-Pop.
12. Geopolítica dos dramas, novelas do Ramadã e telenovelas
A batalha dos formatos – As novelas do Ramadã – As novelas conquistam a América (do Norte e do Sul).
13. Miami, capital pop da América Latina
“O reggaetón une as massas latinas” – L. A., Latin America.
14. Como a Al Jazeera se tornou a rede mainstream do mundo árabe
Na sede da Al Jazeera no Catar – Um formato News & Entertainment – A guerra das imagens – Al Arabiya, ou quando os sauditas entram no jogo – O rio da verdade – A televisão do Sul – “Visit Israel, Before Israel Visits You”.
15. O príncipe dos meios de comunicação no deserto
Música no Líbano, televisão em Dubai, cinema no Cairo – Hollywood no deserto.
16. A cultura antimainstream da Europa
O sucesso enganador do vídeo game europeu – Uma cultura pan-eslava na Europa central? – A libanização da cultura europeia – Londres e Paris, capitais da world music africana – Nas fronteiras da Europa, da Ásia e do mundo árabe: a Turquia americanizada.
Conclusão
Glossário
Fontes
Agradecimentos