"Brasil, uma economia que não aprende" percorre a história das ideias econômicas sobre a riqueza “invisível” das nações: o conhecimento. O incrível avanço da ciência e da tecnologia nos levou do motor a vapor à eletricidade, do computador à inteligência artificial. O conhecimento foi fundamental para os saltos qualitativos na organização econômica. E a partir de experiências internacionais de sucesso de políticas industriais e de pesquisa e desenvolvimento, o livro aponta os erros que o Brasil cometeu, bem como os acertos que não prosperaram e por quê.
“De forma didática e fluida, Paulo Gala e André Roncaglia se debruçam, neste livro, sobre os caminhos e descaminhos do desenvolvimento econômico brasileiro à luz da história das ideias e da experiência internacional. Pensar o desenvolvimento e seus dilemas distributivos e ambientais no século XXI não é tarefa fácil. Passados cinco anos de crise econômica e várias décadas de perda de densidade industrial no Brasil, o livro abre frentes essenciais de reflexão sobre o que nos falta aprender."
Laura Carvalho
“Gala e Roncaglia apresentam um excelente panorama das teorias de desenvolvimento econômico, de Antonio Serra no século XVII a Dani Rodrik nos dias de hoje. Os autores analisam como produtividade, complexidade produtiva e distribuição de renda estão ligadas, e ilustram suas proposições com diversos exemplos de sucesso e fracasso de políticas industriais ao redor do mundo. Leitura fundamental para quem deseja se atualizar sobre o papel do Estado e do mercado no desenvolvimento."
Nelson Barbosa
"Terão razão Paulo Gala e André Roncaglia de Carvalho ao afirmar no título do seu livro que o Brasil não aprende? Têm, mas talvez fosse melhor mudar um pouco a pergunta: Por que o Brasil deixou de aprender? De fato, entre 1930 e 1980 a nação brasileira adotou um regime de política econômica desenvolvimentista e foi o país que mais se desenvolveu no mundo. Com quem aprendeu? Com os países ricos e as revoluções industriais e capitalistas que esses países realizaram no século XIX. Por que a nação brasileira deixou de aprender a partir de 1990? Este livro nos dá bons argumentos para responder essa questão. Resumo-os em uma frase: porque os brasileiros continuaram a querer aprender com os mesmos países ricos, que adotaram um liberalismo econômico radical e passaram a crescer muito pouco. Outra teria sido a história destes últimos 40 anos se tivessem se inspirado nos países do Leste da Ásia que continuaram desenvolvimentistas, mantiveram suas contas fiscais e suas contas externas equilibradas, não permitindo que o Estado ou o país se endividassem, e, assim, experimentaram um crescimento extraordinário e se tornaram ricos."
Luiz Carlos Bresser-Pereira
Paulo Gala
Graduado em Economia pela FEA/USP. Mestre e Doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. Foi professor visitante nas Universidades de Cambridge UK em 2004 e Columbia NY em 2005. É professor de Economia na FGV-SP desde 2002.
André Roncaglia
Doutor em economia pelo Programa de Pós-Graduação em Economia do Desenvolvimento do Instituto
de Pesquisas Econômicas da USP, mestre na mesma área pela PUC-SP. É professor do Departamento de Economia e da Pós-Graduação em Economia da Unifesp, especialista em conjuntura econômica, moeda, inflação brasileira e economia brasileira. Já lecionou em instituições como Fecap, Fipecafi, FGV-SP e Fipe.
Author(s): André Roncaglia, Paulo Gala, Antonio Carlos Castro
Edition: 1
Publisher: André Roncaglia e Paulo Gala
Year: 2020
A quem se destina o livro
Agradecimentos
Apresentação
Apresentação
Prefácio
1. Introdução
2. O segredo da riqueza das nações está na fábrica de alfinetes
3. Breve história da origem do pensamento sobre desenvolvimento econômico
4. Um mundo com centro e periferia
5. Quem sai na frente costuma ganhar o jogo industrial
6. Estruturas produtivas sofisticadas enriquecem países
7. Redes complexas são necessárias para se produzir bens sofisticados
8. A sofisticação produtiva depende da geração e acúmulo de ideias
9. Os países ricos têm alto conteúdo tecnológico proprietário
10. O desenvolvimento econômico depende da ação do estado e do mercado
11. Economias complexas são menos desiguais
12. Erros e acertos no Brasil
13. Conclusão
Referências Bibliográficas
Lista de siglas e acrônimos
Apêndice: Manufaturas no mundo
Apoiadores
Notas do editor