A história abrangente das ligações entre o autismo e o nazismo. Como os diagnósticos refletem os valores, as preocupações e as esperanças de uma sociedade. O regime nazista massacrou milhões na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, classificando as pessoas de acordo com raça, religião, comportamento e condição física para tratamento ou eliminação. Os psiquiatras nazistas tinham como alvo crianças com diferentes tipos de deficiência – especialmente aquelas que demonstravam déficit de habilidades sociais –, alegando que o Reich não tinha lugar para elas. Hans Asperger e seu colega austríaco Leo Kanner foram os primeiros médicos a introduzir o termo "autismo" como diagnóstico independente para descrever certas características do distanciamento social. Asperger e seus colegas de fato se esforçaram em proporcionar cuidado individualizado para estimular o crescimento cognitivo e emocional de crianças que estariam na ponta "favorável" do espectro autista; no entanto, transferiram outras que consideraram intratáveis para o Spiegelgrund, um dos mais letais centros de extermínio de crianças do Reich. Crianças de Asperger nos leva a repensar como as sociedades avaliam, rotulam e tratam os indivíduos diagnosticados com algum tipo de deficiência.
Author(s): Edith Sheffer
Edition: 1
Publisher: Editora Record
Year: 2019
Language: Portuguese
Pages: 322
City: Rio de Janeiro
Cover Page
Capa
Rosto
Créditos
Dedicatória
Sumário
Introdução
1. Entram os especialistas
2. O diagnóstico da clínica
3. Psiquiatria nazista e espírito social
4. Indexando vidas
5. Teorias fatais
6. Asperger e o sistema de assassinatos
7. Meninas e meninos
8. A vida cotidiana da morte
9. A serviço do Volk
10. Acerto de contas
Epílogo
Agradecimentos
Abreviaturas
Notas
Índice
Colofão
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