Sobre a verdade

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Esta seleção de escritos de George Orwell, extraídos de seus romances, ensaios, cartas e reportagens, reúne de forma única os pensamentos do autor de 1984 sobre o tema da verdade. Na semana da posse de Donald Trump, quando sua assessora justificou as falsas estimativas do presidente sobre o número de presentes no evento utilizando a expressão "fatos alternativos", livros de George Orwell como 1984 e A revolução dos bichos foram catapultados ao topo da lista de mais vendidos nos Estados Unidos. Numa realidade dominada pelas fake news, as reflexões de Orwell sobre a verdade se tornam cada vez mais urgentes. "Se não for combatido, o totalitarismo pode triunfar em qualquer parte", escreveu o autor britânico. E o totalitarismo, na visão de Orwell, fundamenta-se em uma noção de "mentira institucionalizada", que nega qualquer possibilidade de liberdade de pensamento. Neste livro, estão reunidos de forma inédita textos que têm como eixo a ideia da verdade. A seleção abrange trechos de toda a produção de Orwell, do seu primeiro livro, Dias na Birmânia, de 1934, até seu romance derradeiro, 1984, publicado em 1949, um ano antes da sua morte. O apagamento da verdade é a chave para entendermos a obra de Orwell e, principalmente, o mundo atual. Se a verdade morreu, nunca foi tão importante dizer: viva a verdade! Sobre o Autor GEORGE ORWELL, pseudônimo de Eric Arthur Blair, nasceu em Motihari, Bengala, Índia, em 1903. Filho de um funcionário da administração britânica do comércio de ópio, estudou em colégios tradicionais na Inglaterra. Na década de 1920, foi agente da polícia colonial na Birmânia. Nos anos seguintes, publicou diversos romances, ensaios e textos jornalísticos. É considerado um dos escritores mais importantes do século XX. Morreu em Londres, vítima de uma tuberculose pulmonar, em 1950, aos 46 anos.

Author(s): George Orwell
Edition:
Publisher: Companhia das Letras
Year: 2021

Language: Portuguese
Commentary: Título original Orwell on Truth
Pages: 238
City: São Paulo/SP
Tags: Escritos - Ensaios - Cartas - Reportagens

Sumário
Introdução
“A verdade sobre os ingleses e seu Império”
“Na Inglaterra reconhecemos resignadamente que somos roubados a fim de manter no luxo meio milhão de preguiçosos que não valem nada; mas lutaremos até o último homem para não sermos dominados pelos chineses”
“Vamos todos nos juntar e exprimir um bom ódio”
“Ainda que seja confiável como história, como ficção é medíocre”
“Sabe-se que os jornais costumam ser inverídicos, mas também que não podem publicar mentiras que superem certa magnitude”
“Uma das diversões mais fáceis do mundo é desmistificar a democracia”
“Até recentemente, considerava-se apropriado fingir que todos os seres humanos são muito parecidos”
“A imprensa inglesa é honesta ou desonesta?”
“Essa é a guerra mais verídica travadaem tempos modernos”
“Nunca se pode distinguir de todo a arte e a propaganda”
“A primeira coisa que esperamos de um escritor é que não diga mentiras”
“Na verdade, o máximo que se pode dizer a favor de Stálin é que talvez seja sincero enquanto indivíduo”
“Uma das piores coisas da sociedade democrática nos últimos vinte anos é a dificuldade de qualquer conversa ou pensamento francos”
“Toda propaganda é mentira”
“Todos acreditam nas atrocidades do inimigo e duvidam daquelas cometidas por seu próprio lado”
“Na Espanha, pela primeira vez, vi notícias que não tinham nenhuma relação com os fatos”
“O que distingue a nossa época é o abandono da ideia de que é possível escrever a história com veracidade”
“Ao criminalizarem a escuta das transmissões radiofônicas aliadas, os alemães asseguraram que estas sejam aceitas como verídicas”
“Hitler pode dizer que os judeus começaram a guerra, e, se elesobreviver, essa será a história oficial”
“Nos dizem que só importam as ações objetivas das pessoas”
“Não se deve confundir nacionalismo com patriotismo”
“Indiferença à realidade”
“Tática, camaradas, tática!”
“Sem dúvida, antigamente era muito pior”
“Montanha de Açúcar-Cande”
“Mencionei a reação que colhi juntoa um importante funcionário do Ministério da Informação quanto a A revolução dos bichos”
“Todo mundo deve ter direito a sua opinião”
“Os inimigos da liberdade intelectual sempre tentam apresentar o seu argumento como uma demanda pela disciplina em detrimento do individualismo”
“Os escritos políticos, em nossa época, consistem quase todos de frases pré-fabricadas, que se encaixam como as peças de um brinquedo de montar para crianças”
“A imaginação, como certos animais selvagens, não se reproduz em cativeiro”
“Necessariamente, a linguagem política consiste em grande parte de eufemismos, petições de princípio e mera vaguidão enevoada”
“Nenhum livro é genuinamente isento de viés político”
“Uma nação tem os jornais que merece”
“GUERRA É PAZ”
“Na ausência de todo e qualquer registro externo a que recorrer, até mesmo o contorno de sua própria vida perdia a nitidez”
“Que coisa bonita, a destruição de palavras!”
“Criminterrupção significa a capacidade de estacar, como por instinto, no limiar de todo pensamento perigoso”
“Você acha, Winston, que o passado tem uma existência real?”
Créditos