Obra Poética [1948-1995]

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Desta edição de Obra Poética, organizada e revista por Luis Manuel Gaspar com a colaboração de David Ferreira, fazem parte todos os livros e conjuntos de poemas organizados e publicados pelo autor, nomeadamente Obra Poética 1948-1988, com introdução de Eduardo Prado Coelho, e a sua obra posterior: Lisboa — Luzes e Sombras (1992), Música de Cama (1994), e Rime Petrose, cinco sonetos publicados na revista Colóquio/Letras em janeiro de 1995. Inclui ainda o Cancioneiro de Natal, iniciado em 1960 e que o autor considerava uma «obra “aberta” ou “em suspenso”», e agora concluído com um poema de 1995, «Som de Natal».

Author(s): David Mourão-Ferreira
Edition:
Publisher: Assírio e Alvim
Year: 2019

Language: Portuguese
Pages: 744
City: Lisboa/Portugal
Tags: Literatura portuguesa - Poesia

Apresentação
I
Retina, Rotina, Renovo, por Eduardo Prado Coelho
A SECRETA VIAGEM [1948-1950]
Inscrição sobre as Ondas
Romance da Beira-Tejo
Paisagem
Cantiga
Alvorada
Epigrama para Uma Despedida
Inscrição sobre as Árvores
Contraponto
Paraíso
Minuto
Lápide
Outono
Elegia em Verde e Branco
Epitáfio
Teoria das Marés
Epigrama para Uma Segunda Despedida
Seios
Een Lied voor Margaretha
Epigrama para Uma Terceira Despedida
Regresso
Inscrição sobre Um Rio
Encontro
Ave Cega
Prelúdio
Nocturno
Última Face
Canção Amarga
Desesperança
A Secreta Viagem
Écloga
TEMPESTADE DE VERÃO [1950-1953]
Tempestade de Verão
1
Praia do Esquecimento
Memória
Enigma
A Isadora Duncan
Soneto Amargo de Convívio Humano
Duna
Diário de Praia
Morada
Relato
Falência
Nocturno de Uma Praia no Inverno
Silêncio
Sala de Espera
2
Cousas do Mar
Romance da Morte de Tristão numa Rua de Lisboa
Voto
Nocturno das Ruas da Cidade
Soneto dos Quartos de Aluguer
Pequena Ode a Um Carro Eléctrico
Aviso de Mobilização
A Guerra
Soneto de Áspera Resignação
Écloga em Tempo de Guerra
3
Epigrama
Poesia de Amor
Fala Apócrifa de Dom Dinis
Soneto do Amor Difícil
Confissão
Despojo
Nocturno de Um Comboio no Alentejo
Entrevista
Rastro
Cemitério
Elegia do Ciúme
Secura
Porta do Inferno
Praia do Encontro
Canção, de Madrugada
OS QUATRO CANTOS DO TEMPO [1953-1958]
CANTO I
À Primavera
Hai-Kai
Serenata do Adolescente
Leito
Espionagem
Crepúsculo
Compasso de Espera
Canção Primaveril
Orquestra, Flor e Corpo
O Ciclo dos Trinta Anos
Soneto do Cativo
CANTO II
Ao Verão
Tálamo, Templo
Xácara dos Campos de Elvas
Inscrição Estival
Outra
Folha
A Cavalo no Vento
Romance das Mulheres de Lisboa no Regresso das Praias
Capital
CANTO III
Ao Outono
Contrapontos
Estrada, de Noite
Casas Caiadas
Grito
Instante
Ode
Morse: Mors-Amor
Elegia do Outono
O Navio
Agonia
As Últimas Vontades
CANTO IV
Ao Inverno
Domingo de Chuva
O Prédio
Fado para a Lua de Lisboa
Cabarés
Ladainha Horizontal
Litania de Sombra
Anjo Descido ao Mar
Os Cavalos
O Bombardeiro no Crepúsculo
Grinalda para o Próximo Terramoto de Lisboa
CANTO SECULAR
[Vou possesso dos cantos mais profanos]
À GUITARRA E À VIOLA [1954-1960]
Libertação
Aves Agoirentas
Abandono ou Fado Peniche
Noite Apressada
Labirinto ou Não Foi Nada
Ponto Final
Escada sem Corrimão
Madrugada de Alfama
Nome de Rua
Maria Lisboa
INFINITO PESSOAL [1959-1962]
[Como se de repente ao coração do Sol]
I
Ulisses a Nausícaa
Conjugação
Revólver
Ternura
Teseu, ao Telefone
Adiamento
Herança
Teia
II
Educação Sentimental
Pedra
Nocturno
Piscina
A Flor
Candelabro
Paraíso
Casa
Presídio
IN MEMORIAM MEMORIÆ [1962]
[Da nem sempre sublime variedade do Mundo,]
[Mármore, sim, mas mole. E vento, porque não?]
[Musa? Dragão de dentro?]
[Ó Mnemósina, Rainha]
[Mas é no mármore que escreves?]
[Ó Mnemósina, Rainha,]
[Mas teu corpo de mármore fugidio,]
[Contra a corrente vais do próprio Tempo,]
[Ó Mnemósina, Rainha,]
[E um dia, simplesmente,]
[Será então o Caos]
DO TEMPO AO CORAÇÃO [1962-1966]
Do Tempo ao Coração
Ars Poetica
Interior
Retrato de Rapariga
Tapeçaria
Madrigal
Pele
Inúmera
Entre Julho e Novembro
Coração
Os Dias
Equinócio
Ruínas Romanas
Historical Sense
Jogos de Água
A Gruta
Sotto Voce
Adynata
Clair de Lune
Itinerário Grego
Baptismo
Noctis Profundæ Pervigil
Penumbra
Às Escuras o Amor
Re(li)gata
Fragmento de Um Cântico
Do Tempo ao Coração
CANCIONEIRO DE NATAL [1960-1995]
1. Natal à Beira-Rio
2. Voto de Natal
3. Natal, e não Dezembro
4. A Outra Noite de Natal
5. O Natal da Infância
6. Prelúdio de Natal
7. Litania para Este Natal
8. Toada de Natal
9. Natal Up-to-Date
10. Nada/Natal
11. Romance de Um Futuro Natal
12. Na Tal
13. Blasfémia de Natal
14. Coro de Natal
15. Novo Natal
16. Meditação de Natal
17. Natal na Alma
18. Elegia de Natal
19. Íntimo Natal
20. Hora de Natal
21. Surdina de Natal para os Meus Netos
22. Cosmogonia de Natal
23. Silêncio de Natal
24. Luzes de Natal
25. Segunda Elegia de Natal
26. Confissão de Natal
27. Vigília de Natal
28. Frémito de Natal
29. Natal em Convalescença
30. Som de Natal
31. Ladainha dos Póstumos Natais
MATURA IDADE [1966-1972]
OS SINAIS
I. [Olhar de frente o Sol Assim se aprendem]
II. [Entre bruscos lençóis de gritos fomos feitos]
III. [Indócil testemunha a Lua comparece]
IV. [Agarro agora a vida pelos ombros]
V. [É quando o Sol galopa no teu ventre]
VI. [E arranhamos o mito com as unhas]
VII. [Brilha nas mãos do Sol o gume de um cutelo]
VIII. [Cheira a silêncio vês ao longo desta praia]
IX. [E os meses vão batendo à nossa porta]
X. [As pegadas do Sol nem sempre a Lua]
XI. [Avermelha-te ó pálpebra da noite]
XII. [Há lâmpadas que tornam certas casas]
XIII. [Porque te vou erguendo ó torre de papel]
XIV. [Lunático é o Sol deixando-se queimar]
XV. [Em tão pouco em tão nada afinal acredito]
XVI. [Os subúrbios do Sol são quase sempre]
XVII. [De bruços me debruço nos teus olhos]
XVIII. [Em que língua Em que luz se traduzem os corpos]
XIX. [É tão fácil dizer-te ó Sol que te agradeço]
XX. [Devagar me conhece E destrói-me depressa]
AS SONATAS
Adagietto
Treno
Tocata e Fuga
Sob a Pele
Quotidiano
Um Rosto Uma Cidade
É Terrível o Vento
AS SINOPSES
Da Literadura
Didáctica
Maio 68
Colina
Eco da Anterior
Tríptico do Discurso em Verso
OS SONETOS
Matura Idade
Entretanto
Pervigilium Veneris
Ilha
A Boca As Bocas
O Dedo Os Dedos
O Corpo Os Corpos
E por Vezes
É sem Dúvida Amor
AS SEXTINAS
Sextina I ou Canção dos Quarenta Anos
Sextina II ou Canção da Ilha Podre
Sextina III ou Canção do Próprio Canto
Sextina IV ou Canção dos Jogos do Amor
ÓRFICO OFÍCIO [1972-1978]
INSCRIÇÕES
1. Espólio
2. Micropoética
3. Restauro
4. Erro
5. Voo
6. Fatalidade
7. Permanência
8. Ilusão
9. Mater
10. Pânico
COLAR DE XERAZADE
1. Voz
2. Oásis
3. Suspensão
4. Os Braços
5. Nudez
6. Égua Água
7. Vestígios
8. Manhã
9. Tarde
10. Noite
OS LÚCIDOS LUGARES
1. Romance de Granada
2. Romance de Amalfi
3. Romance de San Gimignano
4. Romance de Pompeia
5. Romance de Trieste
6. Romance de Siracusa
7. Romance de Dubrovnik
8. Romance de Cnossos
9. Romance de Rodes
10. Romance de Éfeso
HORIZONTES
1. Junho
2. Escolha
3. Praia do Paraíso
4. Fogo
5. Não É Fácil o Sol
6. Contrato
7. Tri(n)o
8. Natureza Viva
9. Dezembro
10. Axis Mundi
TESTAMENTO
[Que fique só da minha vida]
ENTRE A SOMBRA E O CORPO [1980]
1. [Nada menos efémero]
2. [Manhã cedo as cigarras]
3. [Profundíssimos poços]
4. [Só tu e uma serpente]
5. [Ao meio-dia em ponto]
6. [De remotos abismos]
7. [Cintilação de luas]
8. [Uma fresta Uma réstia]
9. [És de novo uma fonte]
10. [Ó colinas Ó pálpebras]
11. [Diante do teu ventre]
12. [Por agora não gritas]
13. [As falésias calcárias]
14. [Ancoradouros Dunas]
15. [Bebo mais do que toco]
16. [Ó lâmina e bainha]
17. [É pouco dizer lâmpada]
18. [A palavra e a pele]
19. [Quantas mãos Quantos dedos]
20. [Evadidos da morte]
21. [Ruge Reprende Arrasa]
22. [Não há sumo de fruta]
23. [Este lívido sopro]
24. [Ou relâmpago ou transe]
25. [Prolongado crepúsculo]
26. [A seguir ao sol-posto]
27. [Com as folhas do plátano]
28. [Vagas do equinócio]
29. [Nem só latejam crimes]
30. [Ah Quem te contivesse]
ODE À MÚSICA [1980]
I. [É como se tivesses mãos ou garras]
II. [Ó claridade Ó vaga Ó luz Ó vento]
III. [Só tu a cada instante nos declaras]
OS RAMOS OS REMOS [1981-1985]
OS RAMOS
Os Ramos
Ar de Itália
Aruba
De Avião
Numa Floresta de Rhode Island
Numa Praia do Senegal
Veneza
Numa Lisboa Assassinada
Templo Xintoísta
Rua de Roma
Fosso
Campos do Alentejo
OCASIÕES
Redoma
Vela
Momento
Dias
Pontes
Espera
Alusivo
Cárcere
A Meio da Noite
Instantes
Argumento
Corpoema
A UM CORPO
I. [Em ti a profusão]
II. [Dois hemisférios]
III. [A força vegetal destes cabelos]
IV. [A vestir-te]
V. [Castanho o cabelo]
VI. [Teu corpo Tenacíssima tenaz]
VII. [Horizonte]
VIII. [Derramava-te o Sol sobre os cabelos]
IX. [Só às pálpebras cabe]
X. [A luz que vibre]
XI. [Soubéssemos ao menos a matéria]
XII. [Um sorvo]
OS REMOS
Fim de Estação
Blocos
Sombra
Labirinto
Dos Anos Quarenta
Sintomas
À Lista
Pacto
De Tempos a Tempos
Dos Anos Trinta
Talvez
Os Remos
O CORPO ILUMINADO [1987]
I. [Dorso]
II. [Toda te espantas]
III. [Não sei se nasces do parto]
IV. [Ora me vejo eu todos e vós uma]
V. [Afogo no teu ombro]
VI. [Nada garante que tu existas]
VII. [Em que túnica de pedra]
VIII. [Com M de Mulher é que o teu nome]
IX. [Os teus olhos]
X. [Porquê durante o dia a ruga apreensiva]
XI. [Água de fogo sem labaredas]
XII. [Irrompe do teu corpo iluminado]
XIII. [Assim que te despes]
XIV. [É quando estás de joelhos]
XV. [Ambos no centro do furacão]
XVI. [Percorro do teu corpo os templos todos]
XVII. [Deitas-te E ficas nua]
XVIII. [Vens a galope Somente páras]
XIX. [De sono cai-te prostrada]
XX. [Ah raiva de não ver por onde pairas]
XXI. [Se ficas sentada]
XXII. [É nesse ponto]
XXIII. [Uma névoa de mágoa muito antiga]
XXIV. [De não serem ombros]
XXV. [Quantos em ti lagos e rios]
NO VEIO DO CRISTAL [1980-1988]
Fala Apócrifa de Camões
Caravela
Romance de Ouro Preto
Ao Reencontro de Lisboa
Ruas Anfíbias
Certidão de Nascimento
Que Passos São Estes
Caleidoscópio
Segredo
Voz de Eunice
Suspensão
Prazo
A Sábia Criança
Dez Vezes Quatro
Reinscrição sobre as Ondas
II
LISBOA — LUZES E SOMBRAS [1992]
[Água que vens galgando em largos passos]
[Entre a água e a terra te divides]
[Parece às vezes que o Tejo]
[Neste mesmo solo]
[Mediterrânicos telhados]
[Já não vês a Barra]
[No curvo banco deste recanto]
[Do concerto]
[Em matéria de câmbios]
[Nas fachadas de azulejo]
[Melhor fora]
[Que mundos se encontram]
[Em todos os meses]
[Sobre a ardósia do empedrado]
[Por dentro de Lisboa]
[Quem há-de contar as lendas]
[Do lajedo das fragatas]
[Torre nas nuvens colocada]
[Não há Lua mais lunática]
[Ruas como esta só em Roma]
[Vidro baço das noites de Lisboa]
[Imaginar não é difícil]
[Voltando as costas à sombra]
MÚSICA DE CAMA [1993]
I. [Saber como é o teu sexo]
II. [Dedilho esta harpa]
III. [Galopam cavalos]
IV. [Em torno ao lume dos joelhos]
V. [Que brusco molusco]
VI. [Uma ave alucinada]
VII. [Neste espaço fechado]
VIII. [De joelhos tocas]
IX. [Quantas diversas figuras]
X. [Por vezes em duas]
XI. [Só a lua e a música]
XII. [Sobre mim cavalgas]
XIII. [Vem dos arcanos de outro tempo]
XIV. [Por entre escuras sombras]
XV. [Música de câmara]
XVI. [Nesta penumbra]
XVII. [Entre as duas nádegas]
XVIII. [Do sabre a sombra vai-se extinguindo]
XIX. [Depois de tudo ser tudo]
XX. [A cama é praia]
RIME PETROSE [1994]
I. [Vens percorrendo o mundo há muito tempo]
II. [Buscas molduras perdes os retratos]
III. [Tão-só com as lombadas destes livros]
IV. [Tão relâmpago logo o dia de ontem]
V. [Recusas pedra e nuvem Mas a pedra]
Cronologia
Obras de David Mourão-Ferreira
Notas